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ATUALIZAÇÃO 08 de junho de 2021

Zane Lowe do Apple Music explica como o Áudio Espacial vai transformar a música

Com o lançamento do Áudio Espacial no Apple Music hoje, Zane Lowe, co-head of Artist Relations e apresentador do serviço de streaming, explica o que a nova tecnologia representará para fãs e artistas
Capa do álbum de Ariana Grande no Apple Music exibida no iPhone 12 Pro sendo emparelhado com os AirPods Pro.
Áudio Espacial com Dolby Atmos e áudio Lossless está disponível para assinantes do Apple Music.
Primeiro veio o som mono, depois o estéreo, e agora chegou o Áudio Espacial. O Áudio Espacial é uma experiência acústica envolvente em que o som se move ao seu redor em diferentes direções. Antes, essa experiência só existia nos cinemas. Você já se perguntou como isso seria com a música? Eu já.
Quando ouvi o Áudio Espacial pela primeira vez nos AirPods, fiquei confuso. “Isso realmente funciona nos AirPods? Quando vou de carro até uma sala acústica com alto-falantes especiais?” E eles disseram: “Não, não, aperte o play”.
Duas das primeiras músicas que ouvi foram “Rain on Me”, da Lady Gaga, e “Black Skinhead”, do Kanye West. Foi difícil descrever, porque passei minha vida inteira em um ambiente com dois canais; eu nasci ouvindo estéreo. Pensei que vários artistas do passado e do presente adorariam poder usar esse tipo de tecnologia para dar vida e mais sucesso às músicas, e aperfeiçoá-las de uma maneira jamais imaginada. Mas eles só tiveram acesso a dois canais estéreo. Agora, eles podem ir além disso. Então, poder ouvir partes dessas músicas vindo de trás e pelos lados? Eu falei: “Tô dentro. Já entendi”. As TVs têm a tecnologia HD, e agora a música tem o Áudio Espacial.
No mesmo instante, pensei: “Como os artistas vão usá-lo? Como Lil Baby vai usá-lo? Como Olivia Rodrigo ou Peggy Gou vão usá-lo? Como Frank Ocean vai usá-lo? Eles vão começar a criar músicas pensando em um ambiente tridimensional, e não mais com dois canais?”
Estou curioso para ver como minhas músicas favoritas vão me mexer com as minhas emoções agora, com o Áudio Espacial. Porque elas passam pelos ouvidos e provocam algo, não é? Foi o que pensei quando estava ouvindo músicas com Áudio Espacial: eram músicas que conhecia muito bem, mas estava sentindo algo diferente. Então, não depende só de como elas vão soar, mas depende muito de quais sensações elas vão provocar.
Acredito que os artistas vão começar a ouvir coisas que nunca haviam escutado antes. Imagine Billy Corgan dizendo ao engenheiro: “Quando criei a parte da guitarra no começo de ‘Quiet’, em 1993, queria que pudesse ser ouvida a cinco quilômetros atrás de você e que parasse na sua frente aos 3,2 segundos, junto com o começo da bateria de Jimmy Chamberlin”. Obviamente, não sou Billy Corgan e acabei de inventar isso. Mas se consigo imaginar como será, imagine o que ele vai fazer.
Em tempos modernos, a música se resume a inovação. Tantas tecnologias foram inventadas para tocar, gravar, misturar e compartilhar música: de gravações multicanais a guitarras, microfones e sintetizadores, de delay de fita e samplers a MIDI e iPod. Com o Áudio Espacial, músicos, engenheiros e produtores têm acesso a uma nova ferramenta que traz uma nova experiência 3D a milhões de pessoas. Tudo começa com uma nova ferramenta para artistas experimentarem, e, no fim, criam “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” ou “Pet Sounds”.
Depende de os artistas adotarem essa ferramenta. As pessoas que vão usá-la e que vão adorá-la precisam investir nela. Quando comecei a criar músicas na infância, precisei economizar muito para comprar um sampler. Nem todas as pessoas tinham acesso a ele e era difícil encontrá-lo nas lojas. Com o Áudio Espacial, posso colocar meus AirPods, pressionar o botão de reprodução e ouví-lo. Fãs e artistas também podem, além de ouvir, criar músicas assim agora. É quando tudo muda, porque acaba influenciando a juventude que está sentada ouvindo e pensando: “Quero essa qualidade para minha música”.
A partir de agora, a jornada será muito emocionante. Haverá artistas novos que vão crescer com ouvindo o Áudio Espacial, assim como eu cresci ouvindo estéreo. Os artistas do futuro talvez nunca pensem em gravar músicas estéreo, porque tudo o que eles vão conhecer será o Áudio Espacial. Criar músicas com essa tecnologia só tende a melhorar. A Apple está construindo ferramentas para a criação de músicas envolventes no Logic Pro ainda este ano. Assim, todo músico poderá criar e misturar músicas em Áudio Espacial para o Apple Music, seja no estúdio, em casa ou em qualquer lugar.
É óbvio que o estéreo sempre existirá, porque ninguém vai cancelá-lo, assim como ninguém cancelou o mono. Tenho muitas gravações em mono na minha coleção, e elas soam ótimas porque foram criadas para serem ouvidas em mono. Músicas criadas para serem ouvidas em estéreo ficarão incríveis em estéreo, como sempre soaram. Mas agora a música encontrará seu caminho para o mundo do Áudio Espacial. Não é o fim de nada, é o começo de algo novo.
— Zane Lowe, Apple Music
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